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Live no dia 9 reforça campanha de combate ao trabalho infantil em Mato Grosso do Sul

As ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho) ganham impulso na próxima terça-feira (9), às 17h, com a live "Desconstruindo os mitos do trabalho infantil". O bate-papo virtual será conduzido pela procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS), Cândice Gabriela Arosio, e pelo juiz do Trabalho e gestor regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, Márcio Alexandre da Silva no canal @mpt_ms no Instagram.

O tema está alinhado à campanha nacional de 2020, que alerta para o risco de crescimento da exploração laboral de crianças e adolescentes, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus. Muitas famílias, diante das medidas de distanciamento social, perderam seus empregos e isso representa um fator agravante para o aumento da situação de vulnerabilidade socioeconômica. A campanha é realizada pelo MPT, Justiça do Trabalho, Organização Internacional do Trabalho e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

Ao longo deste mês de junho, estão previstas outras lives que objetivam debater a atuação da rede de proteção no combate ao trabalho infantil, aprendizagem profissional como o caminho para ingresso regular no mercado laboral e as consequências do trabalho infantil doméstico e na agropecuária. Nas conversas virtuais, serão apresentadas boas práticas regionais de tutela dos direitos fundamentais da criança e do adolescente.

Realidade nacional

Mesmo proibido no Brasil, o trabalho infantil atinge pelo menos 2,4 milhões de meninos e meninas entre 5 e 17 anos, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2016, do IBGE. Desses, cerca de 25 mil estão em Mato Grosso do Sul.

Um estudo inédito publicado no dia 25 de maio pelo FNPETI revela ainda que mais de 580 mil crianças e adolescentes de até 13 anos trabalham no país em atividades ligadas à agricultura e à pecuária, que estão na lista das piores formas de trabalho infantil. Desse total, 9.389 crianças e adolescentes estão no Mato Grosso do Sul, sendo 5.356 laborando em estabelecimentos da agricultura familiar e 4.033 na agricultura não familiar.

Fonte: MPT-MS