TRT24 promove ação de reflexão em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

 mulher negra com turbante na cabeça com as cores verde e preto. Ao lado da imagem está escrito 25 de julho - Dia Internacional da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha. Por mais respeito, representatividade, reconhecimento e justiça às mulheres negras.
No dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha


No dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Em homenagem a luta e a resistência das mulheres negras, o Subcomite de Equidade de Gênero Raça e Diversidade do TRT24 convida à reflexão sobre as opressões que as mulheres negras brasileiras ainda são vítimas. 

Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a mulher negra é a principal vítima de feminicídio, das violências domésticas e de estupro no Brasil. Em 2022, entre as vítimas de feminicídio, 61,1% eram negras e 38,4% brancas. No demais assassinatos de mulheres, o percentual de vítimas negras é ainda maior, com 68,9% dos casos, para 30,4% de brancas. E nos crimes de estupro, dos 74.930 casos registrados 88,7% das vítimas era do sexo feminino e 56,8% dessas vítimas eram negras. 

No contexto do mercado de trabalho, os dados apontam que a mulher negra está na base da pirâmide socioeconômica do país. Segundo dados do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), em 2022, os percentuais de ocupação entre pessoas brancas e pessoas negras eram 35,4% e 64,1%, respectivamente, tendo as mulheres negras a maior taxa de desocupação, que foi de 14%. 

Os dados ainda apontam que a subocupação das mulheres negras era 148,6% superior à subocupação dos homens brancos e a precariedade dos vínculos trabalhistas das mulheres negras era 58,4% superior aos dos homens brancos. O trabalho doméstico era executado predominantemente por mulheres, especialmente por mulheres negras e a renda média habitual das mulheres negras era 53,2% inferior a de homens brancos. 

Esses dados demonstram o quadro alarmante de desigualdade social brasileira baseado no gênero e na raça, o qual afeta mais severamente as mulheres negras. E o Subcomitê de Equidade de Gênero Raça e Diversidade do TRT24 convida para reflexão a essa realidade, para que servidores e magistrados possam se posicionar como cidadãos, em prol da defesa dos direitos humanos e fundamentais das mulheres negras brasileiras.