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Acordo põe fim à paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo urbano

Foto da audiência de conciliação entre os sindicatos do transporte coletivo, a prefeita Adriane Lopes e o Ministério Público do Trabalho. Se reúnem em volta de uma mesa oval os representantes das partes e o desembargador Tomás Bawden está em pé atrás de sua mesa.
Foto da audiência de conciliação entre os sindicatos do transporte coletivo, a prefeita Adriane Lopes e o Ministério Público do Trabalho.

O vice-Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, desembargador Tomás Bawden, conduziu a audiência conjunta de conciliação em dissídio coletivo de greve que pôs fim à paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo urbano de Campo Grande, iniciada na manhã do dia 18.  Os ônibus já retornaram à circulação na Capital na madrugada desta quinta-feira (19).

A audiência, realizada na tarde de ontem (18), foi convocada pelo tribunal e contou com a participação dos sindicatos das categorias, da prefeita Adriane Lopes e do Ministério Público do Trabalho, representado pelo Procurador do Trabalho Celso Henrique Rodrigues, e garantiu o retorno da circulação de ônibus já na madrugada desta quinta-feira (19).

Os motoristas pediam um reajuste de 16 % para retornarem ao trabalho. O sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo urbano e representantes do Consórcio Guaicurus já tinham se reunido no dia 17 deste mês, mas não chegaram a um acordo e a categoria decidiu paralisar o atendimento à população.

Foto do vice-presidente do TRT24, desembargador Tomás Bawden de Castro, quem conduziu a audiência de conciliação.
Foto do vice-presidente do TRT24, Des. Tomás Bawden de Castro, condutor da audiência.

De acordo com o vice-Presidente do TRT/MS, desembargador Tomás Bawden, a primeira preocupação era restabelecer o transporte coletivo urbano em Campo Grande, o que foi feito com o encaminhamento das tratativas de reajuste durante a audiência.  O magistrado propôs um aumento imediato de 8% para os motoristas, retroativo à data-base de 18 de novembro de 2022, com os atrasados parcelados em três vezes, mais um complemento de 1% em 1º de maio de 2023 e mais 1% em 1º de setembro de 2023, totalizando um reajuste salarial de 10%. “Esses aumentos espaçados no tempo tem a finalidade de não sacrificar demais o caixa da empresa”, explicou o desembargador.

Para o vice-Presidente do tribunal a questão do salário é muito complexa. “O trabalhador merece um bom salário, por outro lado, esse salário impacta na tarifa que a população paga para transportar-se, e a população precisa que os ônibus funcionem bem e com um preço dentro de seu poder aquisitivo”, pontuou o desembargador Tomás Bawden.

O desembargador ressaltou que as partes e o município de Campo Grande tiveram um papel proativo na audiência, a fim de encaminharem as tratativas com o Conselho Regulador de Serviços Públicos do município, que apreciará a proposta de uma tarifa técnica de R$5,80. Caso a proposta de tarifa técnica seja aprovada, os trabalhadores devem realizar uma assembleia no sábado para decidirem sobre a proposta de reajuste apresentada pelo magistrado.

Uma nova audiência já está agendada para terça-feira (24), às 10h, no edifício-sede do TRT/MS.