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Comunidade Mandela recebe cestas básicas arrecadadas na Corregedoria Solidária

Tatiane Martins carrega cesta de alimentos dentro de casa

“Que Deus abençoe grandemente vocês! Essa ajuda vai ajudar muito minha família, meus filhos. Estou muito contente!”, agradeceu Tatiane Martins, que mora com a mãe e cinco filhos, e foi uma das famílias beneficiadas com a campanha Corregedoria Solidária, que arrecadou alimentos e dinheiro para comprar cestas básicas para a Comunidade Mandela.

Durante todo o mês de junho, a Justiça do Trabalho mobilizou magistrados, servidores e instituições parceiras para arrecadar os donativos, alcançando 7,2 toneladas de alimentos distribuídos em 351 cestas básicas. Nesse domingo (26), foram entregues 200 kits de 20 quilos, contendo arroz, feijão, óleo, açúcar, sal, fubá, macarrão e molho de tomate. Além da cesta de alimentos não perecíveis, as famílias cadastradas receberam 5 kg de sobrecoxa congelada de frango. A empresa JBS tomou conhecimento da campanha por ocasião da visita ao ministro à sua unidade fabril na quarta (22) e aderiu doando 2 toneladas de proteína animal. Uma tonelada foi entregue neste domingo.

Alexandra Medeiros de Magalhães foi a primeira da fila. A diarista conta que já estava ficando sem comida dentro de casa. “Só tinha um pouquinho só. Adivinharam o que tinha nos nossos mantimentos” (sic), afirma a moradora que vive com dois filhos em um barraco na comunidade.

O presidente do TRT/MS, desembargador André Oliveira, explica que a iniciativa faz parte de uma ação nacional proposta pelo corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Caputo Bastos, que esteve em Campo Grande na semana passada realizando correição ordinária no tribunal. “Houve um engajamento grande dos servidores, dos juízes, de várias instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil, a Procuradoria do Estado, e foi possível despertar essa dimensão solidária”, destaca o presidente.  

Segundo o magistrado, a Comunidade Mandela foi escolhida para receber as doações por ser uma das mais carentes da Capital. “Nós tivemos uma orientação do Fundo de Amparo à Comunidade da Prefeitura Municipal de Campo Grande, visitamos a comunidade, a liderança esteve no tribunal, a assistente social também foi lá e verificamos que, de fato, aqui impunha-se essa necessidade e por essa razão a elegemos”.

Durante a entrega simbólica dos alimentos às líderes da Comunidade, realizada no encerramento da correição ordinária na última quinta-feira (23), o ministro disse que a ideia é lançada pela corregedoria-geral, mas os regionais é que devem abraçar o projeto. “O êxito não está na quantidade. A consequência exitosa já está alcançada, conseguir que vocês comprassem essa ideia”, garantiu Caputo Bastos.

Também participaram da campanha a AMATRA-24, OAB-MS, MPT-MS, Justiça Federal de MS, TRE-MS e TJ-MS. “Foi uma coisa que uniu as pessoas, apresentou a Comunidade Mandela, e todo mundo ficou muito feliz com o resultado, por perceber que a gente pode fazer muito mais que só o trabalho jurídico”, afirma a juíza Priscila Mirault, presidente da AMATRA, instituição responsável por receber as doações em dinheiro.

A líder da comunidade Mandela, Greiciele Ferreira, disse que os moradores nem sempre recebem ajuda e que desta vez todas as famílias foram contempladas. “A união desse pessoal fez com que hoje estive realizando essa ação abençoada e maravilhosa” (sic).

Corregedoria Solidária
A campanha “Corregedoria Solidária” é promovida pelo gabinete do ministro Caputo Bastos, frente à Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho e visa fomentar a solidariedade entre magistrados, servidores, e prestar apoio a instituições carentes em todos os regionais durante as correições.

Em Mato Grosso do Sul, a instituição escolhida foi a Comunidade Mandela. Localizada na região norte de Campo Grande-MS, o local abriga cerca de 180 famílias, instaladas em barracos improvisados, sem água e energia elétrica regular, vivendo em situação de extrema vulnerabilidade.

A campanha tinha como objetivo inicial fornecer uma cesta básica para cada uma das 183 famílias beneficiadas. Com o trabalho de sensibilização realizado pelos organizadores, a adesão de todos na doação de valores, alimentos, cotação de preços e montagem das cestas por servidores do tribunal, a campanha superou a expectativa inicial, alcançando 351 cestas básicas. Neste domingo, foram entregues 200 kits para as famílias cadastradas. Na Comunidade Mandela, 174 famílias de 1 a 5 pessoas receberam 1 kit (20kg de alimentos não perecíveis + 5 kg de frango). Quatorze famílias, que possuíam de 6 a 10 moradores, foram contempladas com dois kits. Além destas famílias, foi possível atender outras 12, da “Antiga Portelinha”, comunidade em frente à Mandela. O restante dos alimentos será entregue daqui a 30 dias.

As informações completas sobre a Campanha Corregedoria Solidária podem ser acessadas no PROAD 19799/2022.