Começou hoje (6) o 1º Pop Rua Jud Pantanal, mutirão de serviços públicos às pessoas que vivem em situação de rua em Campo Grande/MS. O evento é realizado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e a Seção Judiciária do Mato Grosso do Sul (SJMS) em parceria com instituições públicas e privadas. O TRT/MS participa dos três dias de mutirão com informações trabalhistas e atermação de processos. Hoje, o presidente do TRT/MS, des. João Marcelo, esteve na abertura, juntamente com as juízas Priscila Mirault e Hella Maeda.
Tatiane de Barros é auxiliar de limpeza e ficou sabendo do evento pelo CRAS do bairro onde mora. A trabalhadora entrou com uma ação trabalhista há 8 anos depois que ficou sem receber salários e o acerto da rescisão. Ela aproveitou para ter informações sobre o andamento processual. “É muito bom, é raro a gente encontrar tudo em um só lugar”, elogiou.
O projeto leva serviços de saúde, assistência social, cidadania e orientações jurídicas e profissionais à população em situação de vulnerabilidade. O atendimento segue até quarta-feira (8) na Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (UAIFA I) de Campo Grande, localizada na Rua Jornalista Marcos Fernandes, s/nº, Jardim Veraneio/Parque dos Poderes.
Na abertura do evento, a juíza federal Monique Marchioli Leite agradeceu a adesão das entidades parceiras. “Nesses três dias o que a gente precisa para transformar a vida dessas pessoas é empatia. E eu tenho certeza que essa transformação já começou quando vocês acolheram e abraçaram este evento”, afirmou Monique.
Durante o Pop Rua Jud Pantanal, os moradores poderão emitir documentos, como certidões, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Registro Geral (RG) e inscrição e regularização da situação eleitoral; solucionar questões previdenciárias; solicitar benefícios assistenciais e previdenciários ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e, se necessário, ajuizar ações na Justiça Federal. Serão disponibilizados também cursos profissionalizantes, alimentação, assistência e orientações psicológicas aos cidadãos. A expectativa é atender cerca de 600 pessoas acolhidas na unidade e nas comunidades terapêuticas da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), além de imigrantes e moradores em situação de rua.