Teve início nesta segunda-feira, 5 de maio, a III Semana de Combate à Violência, ao Assédio e à Discriminação no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT/MS). A iniciativa busca promover ações de capacitação e sensibilização voltadas a magistrados(as), servidores(as), estagiários(as) e trabalhadores(as) terceirizados(as), com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as diversas formas de assédio e discriminação, bem como orientar sobre os canais de denúncia e enfrentamento.
Na cerimônia de abertura, o presidente do TRT/MS, desembargador Tomás Bawden de Castro Silva, destacou a importância da compreensão do tema como etapa essencial do enfrentamento. “O assédio e a discriminação se valem de formas de violência — muitas vezes não físicas, mas psicológicas, sutis e difíceis de identificar. Por isso, antes de combater, é preciso compreender o fenômeno, e é esse o papel das palestras que serão realizadas”, afirmou.
O coordenador do Subcomitê de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual do Segundo Grau do TRT/MS, desembargador Nicanor de Araújo Lima, reforçou que a preocupação com o tema é permanente no Poder Judiciário. “Essa semana simboliza um marco, mas nosso trabalho ocorre o ano todo. Estamos atentos e buscando criar mecanismos para evitar a violência, o assédio e a discriminação no ambiente de trabalho”, disse.
O diretor da Escola Judicial do TRT/MS, desembargador Francisco das C. Lima Filho, também participou da abertura e ressaltou a importância da conscientização. “O assédio e a discriminação ainda estão presentes nas instituições, sejam públicas ou privadas. Precisamos combatê-los com firmeza até que sejam eliminados.”
A palestra de abertura foi ministrada pelo coordenador do Subcomitê de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual do Primeiro Grau do TRT/MS, juiz Marco Antonio de Freitas. Com o tema “Enfrentamento ao assédio e à discriminação: necessidade de formação das lideranças e das equipes”, o magistrado destacou que a violência no trabalho é um problema estrutural que precisa ser enfrentado com mudanças de mentalidade e comportamentos. “É fundamental formar tanto as lideranças, que devem saber agir corretamente diante de situações de assédio e violência, quanto os liderados, que precisam reconhecer comportamentos abusivos — inclusive aqueles que, muitas vezes, acabam reproduzindo”, pontuou.
Segundo o magistrado, a prevenção só é possível por meio da formação e da conscientização de todos os integrantes da instituição, em todos os níveis hierárquicos.
A programação da Semana segue até o dia 9 de maio, com palestras, rodas de conversa e outras ações educativas voltadas à construção de um ambiente laboral mais seguro, inclusivo e respeitoso.
