Menu de Navegação

Notícias

TRT/MS celebra o Dia Nacional do Oficial de Justiça

Nesta segunda-feira (25), é celebrado o Dia Nacional do Oficial de Justiça, uma data que destaca a importância fundamental desse profissional no sistema judiciário brasileiro. Instituído pela Lei nº 13.157/2015, o Dia Nacional do Oficial de Justiça é uma oportunidade para valorizar e reconhecer o papel essencial desempenhado por esses profissionais na garantia do acesso à justiça e no funcionamento adequado do sistema jurídico do país. 

O oficial de justiça desempenha um papel crucial no processo judicial, sendo responsável por garantir que as decisões judiciais sejam cumpridas e que os direitos reconhecidos em sentenças e despachos sejam efetivamente materializados na sociedade. Dotado de importantes atribuições, o oficial de justiça é um elo fundamental entre o Poder Judiciário e a comunidade, exercendo suas funções com zelo, ética e responsabilidade. No Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT24), atuam como oficial de justiça 24 homens e 17 mulheres.

Oficiais de Justiça do TRT24 compartilham experiências 

Quinze anos atuando como Oficial de Justiça no TRT24, Francisco Demontie Gonçalves atua na Seção de Mandados Judiciais do TRT24, e compartilhou suas experiências no exercício da profissão. "Lembro do dia em que fui a uma Aldeia para intimar uma pessoa e fiquei preso com o carro em um buraco na estrada. Tive que solicitar apoio de um trator para retirar o veículo e seguir viagem."

Tanilma Maria da Silva Martins Guedes, oficiala de justiça na Vara do Trabalho de Ponta Porã, compartilhou sua motivação e visão sobre a profissão. "Optei por me tornar oficiala de justiça devido ao meu interesse em contribuir para a justiça e o bem-estar social, atuando como uma ligação entre as decisões judiciais e sua implementação", revela a servidora. Além disso, ela destaca a importância do papel do oficial de justiça na promoção da ordem e na resolução de conflitos.
 

Tanilma Maria da Silva Martins Guedes, oficiala de justiça na Vara do Trabalho de Ponta Porã
Tanilma Maria da Silva Martins Guedes é oficiala de justiça na Vara do Trabalho de Ponta Porã. Foto: Andrey Martins Guedes


A servidora compartilhou uma experiência singular que marcou sua trajetória como oficiala de justiça. "Durante meus 27 anos de serviço na fronteira entre Brasil e Paraguai, vivenciei uma série de situações inusitadas que moldaram minha jornada como oficiala de justiça. São tantas experiências que, às vezes, sinto que deveria escrever um livro para compartilhar tudo o que vi e vivi aqui", ela compartilha, refletindo sobre sua longa carreira. "Lembro-me vividamente da minha primeira diligência, quando fui intimar um cidadão em um bairro periférico. Ao chegar ao endereço indicado, fui informada de um trágico acontecimento: sete pessoas, incluindo a parte que eu deveria intimar, haviam sido mortas no local. Foi um momento difícil, mas ao longo dos anos também tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas que deixaram suas marcas em minha vida. Suas histórias, lutas, dificuldades e superações me inspiraram profundamente. O que mais me motiva é perceber que meu trabalho como oficiala de justiça teve um impacto positivo significativo na vida das pessoas que, direta ou indiretamente, dependiam de mim. Ver essa melhoria na vida das pessoas é o que me impulsiona a continuar fazendo a diferença", ela conclui, demonstrando o profundo significado que sua profissão tem em sua vida e na vida daqueles que serve. 

A oficiala de justiça, Márcia Valéria Ribas Pissurno, da Seção de Mandados Judiciais, também compartilhou uma situação marcante que enfrentou em sua carreira. "Tenho uma diligência marcante: recebi um mandado de intimação para uma esposa de um executado sobre a penhora de um imóvel. Chegando na residência, a empregada falou para eu entrar que a senhora a ser intimada estava fazendo suas orações numa capela atrás da piscina. Era uma mansão. Percebi que ela ainda estava rezando, então, mantive silêncio, fora da capela, e aguardei. Ela terminou, parecia calma, saiu da capela, quando então me viu, e veio conversar. Expliquei-lhe o motivo da minha presença, conforme ia falando, ela começou a gritar e pular ao meu redor, proferiu xingamentos, disse que não aceitava a intimação, falei para ela se acalmar, que a intimação era justamente o momento propício para se defender no processo, disse-lhe que podia se recusar a exarar a assinatura de recebimento, mas que a diligência estava cumprida, deixei o mandado na mesa ao lado dela e me virei para ir embora. Quando ela percebeu, berrou para empregada fechar o portão e não permitir minha saída. Respirei fundo, sentei-me numa cadeira na varanda, tentei chamar a polícia, mas não havia efetivo para me socorrer. Ela me manteve presa por trinta minutos infindáveis, período em que gritou, cantou, pulou ao meu entorno… com muito custo, consegui que ela ligasse para o filho, pedi para conversar por celular com ele, e a nora apareceu para me libertar. Foi uma diligência bem difícil", compartilhou Márcia.

Responsável por este conteúdo: Coordenadoria de Comunicação Social. contato: (67) 3316-1795 e imprensa@trt24.jus.br